Semi-final histórica da Mangueira coloca Amapá e Rio frente a frente no samba
- Fernando França

- 19 de set.
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Neste sábado (20), a quadra da Estação Primeira de Mangueira vai pulsar diferente. Não é apenas mais uma semifinal de sambas de enredo: é o encontro entre a Amazônia Tucuju e o coração verde e rosa do Rio de Janeiro.
De um lado, poetas e compositores amapaenses que atravessaram fronteiras para levar sua voz; do outro, cariocas que carregam nas veias a tradição do samba. No centro desse duelo poético, um personagem gigante da cultura popular: Mestre Sacaca, guardião da Amazônia Negra.
Do Amapá, vieram sambas forjados no tambor do marabaixo e na poesia das águas. O samba 103, de Verônica dos Tambores e parceiros, e o 105, de Francisco Lino e companhia, conquistaram a seletiva estadual e agora ecoam na quadra sagrada da Mangueira. Mas a presença amapaense não para aí: Wendel Uchoa e Joãozinho Gomes também levaram sua marca a composições cariocas. Este último, inclusive, desponta como um dos mais cotados para chegar à grande final, marcada para o próximo sábado, dia 27.

Na arquibancada da vida, o que se vê é mais que uma disputa. É um pedaço da Amazônia sendo narrado em versos, transformado em canto e levado para o mundo. Como disse o governador Clécio Luís, “a Mangueira estava atrás de uma história profunda, e o Amapá foi escolhido”.
Escolhido para mostrar que o carnaval é mais que festa: é memória, é economia criativa, é ponte entre povos e territórios. Quando a verde e rosa levantar seu pavilhão na Sapucaí, não será apenas a Mangueira que desfilará. Será também o Amapá, de mãos dadas com Mestre Sacaca, encantando o Brasil e além-mar.












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