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Furlan troca promessa de concurso por terceirização de 120 vagas à R$ 16 milhões

  • Foto do escritor: Fernando França
    Fernando França
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

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O prefeito de Macapá, Dr. Furlan, segue acumulando contradições e escândalos entre o que promete e o que entrega. Depois de assumir publicamente o compromisso de realizar concurso público para reforçar o quadro de servidores municipais, a gestão preferiu abrir espaço para uma terceirização milionária. Na última quinta-feira (21), o diretor-presidente da CTMac, vereador licenciado João Mendonça, homologou a licitação que consagrou como vencedora a empresa Venon Construções e Serviços, com contrato de R$ 16 milhões para o fornecimento de mão de obra, ou seja, cobrir vagas de emprego.


O edital prevê a atuação de 120 auxiliares de trânsito em situações cotidianas, como estacionamento irregular, acidentes, falhas em semáforos e ocupações indevidas de vias. No entanto, não esclarece se esses trabalhadores terão autoridade para aplicar multas ou determinar o recolhimento de veículos. Na prática, trata-se de uma terceirização ampla da atividade-fim da companhia, com remuneração bem acima da realidade do funcionalismo municipal: cada posto de trabalho custará R$ 11 mil mensais aos cofres públicos.


O caso não é isolado. Desde o início de 2025, a prefeitura tem optado por ampliar contratações terceirizadas também na educação, assistência social e saúde. O modelo se tornou regra, enquanto o concurso público — promessa de campanha e até objeto de um decreto para criação de grupo de estudos, assinado no dia da posse do segundo mandato de Furlan — segue apenas no discurso.


O anúncio feito em agosto de um concurso restrito à Guarda Municipal tampouco saiu do papel. Até agora, não há edital, nem definição de vagas. O que se vê é uma prefeitura que, em vez de valorizar a estabilidade e transparência do concurso, prefere repassar a empresas privadas a tarefa de contratar, inflando contratos milionários e mantendo servidores de carreira à margem.


Assim, a promessa de um concurso público amplo se transformou em mais um discurso vazio. A terceirização virou política de governo, e o preço dessa escolha não é apenas financeiro: é também o da credibilidade de uma gestão que diz uma coisa e pratica outra. E assim, sua candidatura ao governo do estado vai desidratando.

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