Furlan confessa a interlocutor temer investigações em seu governo

A confissão aconteceu após denúncias de dévios de recursos na Comunicação e favorecimento ilícito.

O prefeito de Macapá, Antônio Furlan, disse a interlocutores temer investigação da oposição na Câmara Municipal. É que o secretário de Comunicação da Prefeitura de Macapá, Juarez Menescal, nem bem esquentou a cadeira e já está sendo convocado pela Câmara Municipal para explicar um contrato de R$ 43 mil pago a um site de notícias que seria, segundo denúncias, de sua ex-esposa, Rosely Porto.

O caso levou o vereador Claudiomar Rosa (PT) aprovou um requerimento por 13 votos, convocando o secretário para esclarecer o assunto. A convocação pode gerar uma Comissão de Investigação, com poderes limitados, ou até uma Comissão Parlamentar de Inquérito, com amplos poderes para investigar o caso.

Caso seja aberta uma investigação, o que pode ser apenas um simples contrato com uma empresa de notícias pode também ser a ponta de um novelo que pode revelar um esquema de desvios de recursos incalculável, envolvendo não só o atual secretário Juarez Menescal, mas também seu antecessor, Diego Santos, e o próprio prefeito de Macapá, Antônio Furlan.

No início desta semana, o site SelesNafes.com revelou que o site Norte 360ap, favorecido com o pagamento de R$ 43 mil, pode estar ligado à ex-esposa de Juarez, Rosely Porto, que, por sua vez, é proprietária da empresa RS Porto, responsável pela emissão da nota fiscal 0158/2025 (RS Porto Marketing e Comunicação Ltda) no valor de R$ 43 mil.

Foi revelado ainda que a empresa RS Porto Marketing e Comunicação Ltda se chamava, em outubro de 2024, J Pantoja Menescal de Souza Marketing e Comunicação, de propriedade de Juarez Menescal, secretário de Comunicação. Ou seja, as duas empresas possuem o mesmo CNPJ: 19.696.961/0001-00, e Menescal é suspeito de direcionar verbas públicas para o próprio CNPJ.

Vale lembrar que o ex-secretário de Comunicação da gestão de Furlan, Diego Santos, já enfrenta uma investigação do Ministério Público e, por isso, foi substituído por Menescal, devido a supostos desvios de recursos do Fundo Municipal de Saúde, que recebe recursos federais, para pagamento de publicidade da Prefeitura de Macapá.