Furlan adia mais uma vez a promessa de fazer circular os 40 lata-velhas vindos de Manaus (AM)
Os ônibus, fabricados em 2011, foram anunciados pelo prefeito Furlan como um presente (de grego) aos Macapaenses e que entrariam em circulação no dia 4 de fevereiro, dia do aniversário de Macapá.
Após anunciar no ultimo fim de semana que os 40 ônibus lata-velhas trazidos de Manaus (AM) cerca de dois meses atrás, enfim, iriam circular nesta segunda-feira, 18, o prefeito de Macapá Antônio Furlan mandou a CTMac (Companhia de Transportes de Macapá) anunciar mais uma vez o adiamento para a próxima quarta-feira, 20.
Os carros, fora do tempo de vida determinados pela legislação, chegaram a Capital no dia 26 de janeiro com a promessa de que seriam os salvadores do caos que vive o transporte público em Macapá, tendo atualmente o setor o seu pior desempenho sob uma gestão municipal em toda a história de Macapá.
A crise chegou a um nível tão degradante, que não faltaram denuncias de corrupção nesse processo de gestão do setor. De cerca de 168 ônibus que existiam em janeiro de 2021, ano início da gestão Furlan, os usuários chegam ao absurdo de contarem em 2024 com os serviços de apenas 32 carros.
Segundo informações da próxima CTMac, hoje circulam em Macapá em torno de 48 veículos, para uma população de mais de 300 mil usuários.
Para se ter uma ideia do drama da população, somente no conjunto residencial Macapaba, onde moram mais de 30 mil pessoas, somente dois veículos estão disponíveis. Há dias que não há nenhum.
A crise no transporte público de Macapá chegou ao Ministério Público estadual através de várias denuncias do vereador Pedro DaLua (UB) contando várias irregularidades no processo de licitação e de chamamento público de empresas para suprir a demanda provocada pela crise de gerenciamento.
Em setembro de 2023, a Prefeitura de Macapá, através da CTMac, interviu administrativamente e vem mantendo o controle geral das empresas Capital Morena e Amazon Tur, as únicas que sobraram de um processo de desmonte do setor de transporte público em Macapá.
Hoje, a Prefeitura vem tentando contornar a situação no Ministério Público que vem acompanhando o caso, junto a população que vem cobrando a solução do problema e também junto a Câmara de Vereadores, onde a base de Furlan já discute a possibilidade de mudar a legislação, dos atuais 10 anos para 15 anos o tempo de vida útil de um coletivo circulando como transporte público.
Pela legislação atual, os veículos de Manaus (AM), fabricados em 2011 não podem circular em Macapá porque a legislação, por motivos de segurança física e ambiental, não permite a circulação de coletivos cujo ano de fabricação seja superior a 10 anos.
ความคิดเห็น