Equatorial Energia põe Companhia de Saneamento do Amapá (CSA) à venda após dificuldades para cumprir metas
- Fernando França

- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Ao jornal Valor Econômico, quem primeiro anunciou a transação, uma fonte revelou que a compra da antiga Caesa, estatal amapaense responsável pelo abastecimento de água e coleta de esgoto no Amapá, vendida em 2021, teria sido um “laboratório” de expansão de serviços da Equatorial Energia. “Cumpriu seu papel como laboratório de aprendizado”, disse a fonte.

A Companhia de Saneamento do Amapá (CSA) está à venda. A informação é do jornal Valor Econômico, ligado ao grupo O Globo, e diz que a transação faz parte da reestruturação da empresa e o negociador é o banco Bradesco BBI.
Segundo fontes da empresa que pediram anonimato, a compra da antiga Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), hoje CSA, foi o primeiro passo que Equatorial Energia teria dado para ampliar o portfólio de serviços, mas que atualmente a CSA vem apresentando dificuldades para cumprir suas metas estabelecidas em contrato.
“A empresa, que tem 80% do negócio, em parceria com o grupo Aterpa, com 20%, conquistou o contrato em um leilão em setembro de 2021, com uma oferta à época considerada agressiva e muito acima dos demais concorrentes.
Na disputa, o consórcio ofereceu desconto de 20% nas tarifas dos usuários, mais o pagamento de uma outorga de R$ 930 milhões aos municípios, além de outros R$ 880 milhões em investimentos adicionais. Ou seja, além de concordar com uma menor receita, a empresa ofereceu um total de R$ 1,8 bilhão, fora os R$ 3 bilhões de investimentos inicialmente previsto para a universalização.
No setor, a percepção é que apesar dos avanços, o contrato vinha enfrentando dificuldades, principalmente para conseguir ampliar as unidades consumidoras de água, em uma região onde poços domésticos são comuns. Além disso, trata-se de um projeto desafiador: os indicadores de acesso a água teriam que subir de 36% para 99% em 11 anos de contrato, e os de esgoto, de praticamente zero para 90% em 17 anos”, escreveu o Valor Econômico
“Em 2024, a operação, que foi firmada em 2022, encerrou com prejuízo de R$ 201,9 milhões e uma receita operacional líquida de R$ 217,7 milhões. No primeiro trimestre deste ano, também houve prejuízo de R$ 58,9 milhões, com um faturamento de R$ 59,5 milhões. Essa mudança de foco torna a CSA – uma concessão menor e isolada no Amapá – menos estratégica. A avaliação interna é de que a operação cumpriu seu papel como “laboratório” de aprendizado no setor, mas passou a demandar recursos diante da nova estratégia centrada na Sabesp”, revelou o jornal.
Procurado, o escritório amapaense da Equatorial Energia emitiu a seguinte nota: Sobre as recentes notícias de movimentação de mercado, o Grupo Equatorial afirma que está sempre atento às oportunidades em suas áreas de atuação, mas não comenta sobre possibilidades específicas de negócios ou aquisições.












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