top of page

“Encontros Amazônicos Pré-COP30” terminam amanhã, 13, com elaboração de documento dirigido aos líderes mundiais

  • Foto do escritor: Fernando França
    Fernando França
  • 12 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

ree

Fotos: Nayana Magalhães


Os “Encontros Amazônicos Pré-COP30” iniciaram na quarta-feira (11) com uma programação toda voltada para ressignificar a Amazônia como potência da natureza, mas também da economia, buscando caminhos para uma transição justa e sustentável na região. O evento, em parceria com o Governo do Amapá, segue até amanhã, 13, no Museu Sacaca, em Macapá.


A proposta, que tem como finalidade debater as necessidades e a realidade dos povos da florestas, está reunindo durante três dias, povos tradicionais, extrativistas, quilombolas, representantes da sociedade civil, pescadores, indígenas e delegações da França, Colômbia, Suriname e do território da Guiana Francesa. Com base nas discussões em torno dos temas, será elaborado um documento final para ser apresentado aos líderes mundiais durante a COP30, em Belém, no Pará, em 2025.


ree

“Nosso objetivo, ao participar do encontro, e que as nossas vozes possam ser ouvidas junto a sociedade civil do Amapá. Todas as vozes da Amazônia, para que a gente possa passar por esse momento de negociações, de conversas e de decisões. É urgente poder reagir", destacou Yanuwana Christophe Pierre, do povo Kali’na, membro do grupo de trabalho da Assembleia das Altas Autoridades Indígenas da Guiana.


Entre as representações internacionais que participam dos debates, o cônsul do Suriname, Wendell Alfons, evidenciou a necessidade de identificar soluções a partir da experiência do estado mais preservado da Amazônia, o Amapá, que dispõe de iniciativas sustentáveis que podem ser adotadas como modelo econômico.


“Somos parte da Amazônia e estamos preocupados com o futuro das nossas florestas. Esse encontro é muito importante para sabermos como preservar o meio ambiente e trabalhar juntos para proporcionar uma vida melhor para todos”, declarou o cônsul.

O coordenador-geral do Encontros Amazônicos Pré-COP30, Daniel Vaz, ressalta que o evento que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, permite que as vozes da Amazônia sejam escutadas.


ree

“Estamos a quase um ano da COP30 e esse processo geral que trabalha as mudanças climáticas, está muito concentrado na transição energética. E a COP30 deve se concentrar nas pessoas que vivem na Amazônia e no aumento da qualidade de vidas das populações que é crucial para a preservação desse patrimônio natural que nós temos”, enfatizou Vaz.


O primeiro dia de evento foi marcado pelos diálogos entre representantes dos direitos humanos e defensores do desenvolvimento sustentável, além da troca de experiências entre os povos tradicionais que falaram das dificuldades e da necessidade de melhorar os indicadores sociais e econômicos.


“Esse é um grande momento para o Amapá, juntamente com as delegações internacionais, para se discutir um modelo de desenvolvimento sustentável a partir do conhecimento dos povos da floresta para a COP da Amazônia, que vai possibilitar uma discussão forte sobre a valorização da natureza e dos povos que nela vivem. Essa é uma bandeira defendida pelo governado Clécio Luís", pontuou o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), Gutemberg Silva.


Durante o evento, o público também tem a oportunidade de conhecer a “Feira Sustentável”, uma exposição com artesanatos indígenas e quilombolas, além de expositores com produtos da bioeconomia, itens genuinamente amapaenses certificados com o Selo Amapá, que garante qualidade da produção e respeito ao meio ambiente.

Comentários


Mais Lidas

bottom of page