EFEITO “MATA-LEÃO”: Câmara de Macapá abre processo contra prefeito que trocou resposta por agressão
- Fernando França

- 19 de ago.
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Na sessão desta terça-feira, 19, a Câmara Municipal de Macapá decidiu, por unanimidade (12 votos), instaurar uma comissão processante contra o prefeito Antônio Furlan (MDB). A medida foi motivada pelo grave episódio ocorrido no domingo anterior, 17, quando dois repórteres do Portal Amapá, Heverson Castro e Hiran Fróes, foram agredidos, com um deles levando um “mata leão” desferido pelo próprio prefeito Furlan, após pergunta sobre o atraso na obra do Hospital Municipal, localizado no Bairro São José, zona norte da cidade.
Após o fato que repercutiu dentro e fora do Amapá de forma muito negativa, os dois jornalistas deram entrada na Câmara de Vereadores com uma com uma representação contra o prefeito capital, Antônio Furlan.
E na sessão desta terça, 19, por maioria absoluta 12 vereadores presentes no plenário da Casa votam pela abertura de uma comissão processante, a partir do Processo Administrativo nº 605/2025, ancorado no Inciso X do Artigo 4º da Lei 201/1967, que trata das infrações político-administrativas de prefeitos e vereadores.

A sessão foi marcada por forte pressão política feita pelos apoiadores de Furlan, chamado de “A Tropa de Furlan”, convocados desde a noite anterior quando as denúncia chegou à Câmara de Vereadores.

Na ocasião, o presidente da Câmara, Pedro Dalua (União), chegou a ameaçar retirar manifestantes que proferiam ameaças ou anunciavam reação violenta caso a denúncia fosse discutida, numa atitude que reflete os atos de violência praticado pelo prefeito Furlan.
A comissão, formada por sorteio entre parlamentares da base — Ruzivan Pontes (REP) como presidente, Alessandro Monteiro (PDT) como relator e Alexandre Azevedo (PODE) — terá 90 dias para apresentar seu relatório final. Esse documento poderá resultar na cassação do mandato do prefeito, caso concluam pela procedência da acusação












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