CAOS E INDIGNAÇÃO: Macapá ficou sem transporte coletivo na quarta-feira (17) e denúncias revelam mais um escândalo no setor
- Fernando França
- 18 de set.
- 2 min de leitura

Macapá voltou a enfrentar o caos no transporte coletivo nesta quarta-feira (17). Uma inspeção surpresa do vereador Josélio Mais Saúde na garagem da empresa Nova Macapá confirmou aquilo que os usuários já sentiam nos pontos de ônibus: veículos recolhidos, circulação reduzida e população abandonada à própria sorte.
A denúncia recebida pelo vereador é de que a Prefeitura de Macapá estaria em débito com o fornecedor de combustíveis para a frota da empresa Nova Macapá, e por conta de seis meses de atraso nos repasses, estaria se negando a abastecer os coletivos.
O parlamentar encontrou dezenas de ônibus parados, situação registrada em vídeo e compartilhada como prova da precariedade que se arrasta há anos. Enquanto a frota permanece estacionada, passageiros sofrem com longas esperas, coletivos lotados e tarifas que não condizem com a qualidade do serviço. “O usuário paga caro, enfrenta calor, chuva, e agora descobre que boa parte da frota está parada. Isso é um desrespeito com o povo”, declarou o vereador durante a vistoria.
A cena expõe mais do que a ineficiência da Nova Macapá: revela também a falta de gestão da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac) e a permissividade da Prefeitura diante de uma empresa que chegou com promessas de melhoria, mas entrega frustração. Motoristas relatam que os ônibus não rodaram porque a Prefeitura não pagou o posto responsável pelo abastecimento, alimentando suspeitas antigas de que a companhia opera com subsídios públicos.
Para quem depende do coletivo, a situação já ultrapassou os limites da paciência. O transporte público de Macapá, que deveria ser direito básico, continua funcionando mais no discurso do que nas ruas. O flagrante de hoje não é apenas um retrato do descaso, mas um aviso: a solução para a crise não pode continuar parada na garagem.
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